Páscoa. Sempre após uma noite de lua cheia, após o equinócio da primavera, e entre 22 de março e 25 de abril. Páscoa vem da palavra judaica ‘pessach’ que quer dizer ‘passagem’ (para a liberdade).
E é aqui que me prendo. Que me viajo. A maior parte dos caminhos dos significados vão desaguar quase-quase sempre ao sentido da liberdade. Sendo a tradução de Páscoa ‘passagem’, pode, então, o termo desdobrar-se para outros conceitos, como ‘mudança’, ‘transformação’, ‘alteração’.
E é aqui que me prendo. Que me viajo. A sede de mudar. Mais uma oportunidade, depois da passagem do ano, para ‘modificar’. Largar passados poeirentos, e ensaiar passos novos em presentes e futuros rosas e cores assim infantis. Porque no infantil é tudo belo, airoso, infalível.
Portanto, para mim, desde sempre, Páscoa, assim em letra maiúscula, é uma oportunidade, em grande, a segunda do ano, para ‘renovar’. Para me renovar. Para nos renovar. Renovar e permanecer. Saber o que renovar.
Permanecer com o fio da gratidão na ponta do coração. Permanecer como acrobata no melhor de nós mesmos. Renovar no lado mais perecível de cá de dentro e de cá de fora.
Feliz Páscoa. Com votos de uma renovação-permanente-alerta-doce-melodia-do-ser.